Beterraba Leitora: Sansa VII

A Fúria dos Reis

Victor
14 min readApr 17, 2023
Ilustração em tons de verde de uma cidade medieval vista de baixo, com casas e um castelo ao fundo. No centro, atravessando o arco de um portão, alguém que parece ser Tyrion Lannister anda com o auxílio de uma bengala
Capa de A Fúria dos Reis

Hodor!

Boa tarde, Beterrabas! Hoje, na coluna, veremos o último capítulo da Batalha da Água Negra e o penúltimo capítulo da Sansa no livro.

O clima de desespero só aumenta no Salão de Bailes da Rainha. Cersei sai do salão, e mais tarde, Sansa. Ela encontra com o Cão antes dele desertar. Sor Dontos se encontra com a menina, contando da vitória pelo apoio milagroso de Renly Baratheon.

Conteúdo & Discussão

Uma coisa interessante ser destacada nos capítulos da Sansa durante a Batalha da Água Negra é como ela vê o combate: apenas por meio de suas impressões oriundas dos relatos ouvidos pelos mensageiros (todos eles homens de Cersei) aparecendo com as mensagens, além do próprio estado no qual os mesmos se encontram.

A moça Stark, propriamente dita, nunca sequer chegou perto da luta sangrenta que se travava sob as muralhas de Porto Real.

Assim como dito no começo do arco de capítulos, temos a seção Livro versus Série logo abaixo, compilando todos os capítulos que tratam do evento e o episódio 09 da segunda temporada de Game of Thrones.

As Notícias só Pioram

Como disse acima, Sansa só tem noção do caos que está do lado de fora do castelo por conta dos homens de Cersei. O capítulo começa com Lancel Lannister relatando que a batalha estava perdida — Cersei, inclusive, mandou um #TôNemAí, e mandou avisar ao Tyrion. É aqui que vemos o status do Lannister: desaparecido (o que é totalmente compreensível, visto que o caos onde ele se meteu no capítulo passado).

E não é só isso: Cão de Caça está sumido, a ordem da rainha em trazer Joffrey está colocando os mantos dourados em rebelião, além da Torrente da Água Negra ter o seu caos com navios e fogovivo só piorando.

Quando Lancel está para dizer que poderiam aguentar se alguma coisa tivesse acontecido, Sor Osney Kattleblack apareceu, interrompendo-o e passando seu relatório: a margem norte do rio é de Stannis, as deserções só crescem, o Cão sumiu de vez, Sor Balon Swann se retirou, voltaram a usar o aríete no Portão do Rei, e os oficiais dos mantos só são mais e mais assassinados nas deserções constantes. Temos uma multidão forçando o Portão de Ferro e o Portão dos Deuses (portões a leste e noroeste da cidade, respectivamente) tentando fugir.

E o que Sansa pensa é um “fo-deu!”. O rei perdera sua cabeça e Sansa teria a sua tomada por Payne.

A resposta da rainha foi uma: ela mandou Osfryd, irmão de Sor Osney, içar a ponte levadiça e trancar as portas da Fortaleza de Maegor, ninguém sairia de lá sem sua autorização.

Osfryd levanta a questão sobre as mulheres que saíram para rezar, e a rainha mandou um #Foda-se para elas: se saíram para ficar fora da proteção dela, que os deuses as protegessem. Ela então pergunta do filho, sabendo que ele estava nas muralhas do castelo, comandando os besteiros e junto de um tanto dos mantos dourados que vieram com ele do Portão da Lama/do Rio.

Cersei ordena que o tragam até ela, e temos a primeira visão de Lancel rebelando-se, veja:

Não! — Lancel estava tão zangado que se esqueceu de manter a voz baixa. Cabeças viraram-se para o grupo enquanto ele gritava: — Voltará a acontecer o mesmo que no Portão da Lama. Deixe-o onde está, ele é o rei…
— Ele é meu filho — Cersei Lannister ficou de pé. — Diz ser também um Lannister, primo, então, mostre-o. Osfryd, por que está aqui? quer dizer hoje.
Osfryd Kettleblack saiu correndo do salão, e o irmão foi com ele. Muitos dos convidados também deixaram o lugar às pressas. Algumas das mulheres choravam, outras rezavam. Outras limitaram-se a permanecer sentadas à mesa, e pediram mais vinho.
— Cersei — Sor Lancel suplicou —, se perdermos o castelo, Joffrey será morto mesmo assim, sabe disso. Deixe-o ficar, eu o mantenho junto a mim, juro…
— Saia da minha frente — Cersei atirou a palma da mão aberta contra a ferida do primo. Sor Lancel gritou de dor, e quase desmaiou no momento em que a rainha saiu apressadamente da sala. A Sansa, não deu sequer um rápido olhar. Ela se esqueceu de mim. Sor Ilyn vai me matar, e ela nem pensará no assunto. (01, p. 556)

Um detalhe muito importante dessa cena é justamente a última fala da rainha, especificamente, a passagem onde se descreve que ela “atirou a palma da mão aberta contra a ferida do primo”. Esta ferida vai refletir, logo mais, em A Tormenta de Espadas, na situação de Lancel pós-Batalha, que está sempre fraco em decorrência da luta (vemos isso justamente no casamento de Joffrey, onde ele é descrito por Sansa de um jeito muito doentio). E consequentemente, veremos, também, a radicalização religiosa do cavaleiro e sua filiação à Fé Militante do Alto Pardal.

Obviamente que essa cena encerrando com a saída da rainha do salão resultou no que todos esperavam: o povo ali dentro começou a ter medo da situação pela primeira vez, tendo noção da possibilidade de serem mortas pelas espadas de Stannis.

Sansa, querendo evitar um pandemônio ali, tentou chamar a atenção de todos, mostrando que “A rainha içou a ponte levadiça. Este é o local mais seguro da cidade. Tem as paredes espessas, o fosso, os espigões…” (01, p. 556). Aliás, a teoria do Cerco Secreto II, contada pelo AltoValiriano está cada vez mais concreta para mim (ver Momento Ned Pomba).

Mas o povo não quer saber de nada, eles exigem saber o que aconteceu. A menina, sem ter o que esconder, contou a verdade: Joffrey voltou ao castelo sem ferimentos, ainda lutam pela cidade. Mas há uma mentira: a rainha retornará. Temendo que notem ou que a encurralem, ela pede que o Rapaz Lua fizesse alguma graça.

Enquanto o povo se distraía (ou tentava) com o bobo, Sansa foi ver Lancel, que estava ajoelhado ao seu lado. O ferimento onde Cersei deu o tapa voltou a sangrar, e ela ouvia o rapaz falar como quem desistia da luta. Ele finalmente desmaiou (provavelmente pela perda de sangue e/ou choque pela parada da atividade que estava e consequente efeito dos ferimentos), e Sansa chama a ajuda de dois servos para levarem ele ao Meistre Freken. Mas um deles fugiu e o outro meteu o louco.

Pouco depois que um dos archotes apagou, Sor Dontos apareceu, dizendo a Sansa para ir ao seu quarto e lá ficar escondida com a porta trancada, será mais seguro para ela. Assim que a batalha acabar, ele irá ao seu encontro.

Alguém irá me encontrar, pensou Sansa, mas será você, ou Sor Ilyn? Por um momento de loucura pensou em suplicar a Dontos que a defendesse. Ele também tinha sido cavaleiro, treinado com a espada e com juramento prestado de defender os fracos. Não. Ele não tem nem a coragem nem a perícia necessárias. Só o estaria matando também. (01, p. 556–557)

Ela saiu de fininho do salão, e quando chegou às escadas, correu como nunca. Na subida, ela esbarrou num dos guardas, que deixou cair uns “suvenires” de sua saidinha: uma taça cravejada de joias e uns candelabros de prata. O manto em questão, era carmim. E se voltarmos ao capítulo Sansa V, vamos nos relembrar que assim que ela chega a Maegor, ela vê esses “mantos carmesins” que, na verdade, eram mercenários.

Temos uma descrição muito poética e linda das chamas que aterrorizavam a menina, em tons de vermelho, laranja e verde. Um detalhe da descrição é o ar que cheirava a queimado, junto de fagulhas que pareciam mais com vaga-lumes.

Ela então vai para a sua cama, pensando que se dormir, ela acordará assim que tudo estiver terminado.

— Lady — lamuriou-se em voz baixa, perguntando-se se voltaria a encontrar sua loba quando morresse.
Então, algo se agitou atrás dela, e uma mão saiu da escuridão e agarrou seu pulso.
Sansa abriu a boca para gritar, mas outra mão prendeu seu rosto, asfixiando-a. Os dedos eram ásperos e cheios de calos, e estavam pegajosos de sangue.
— Passarinho. Sabia que você viria — a voz era um ruído bêbado. (01, p. 557)

Nessa hora, uma coluna de fogovivo subiu aos céus, iluminando o quarto, mostrando a figura de Sandor Clegane e sua aparência imunda e suja, com olhos que pareciam com os de um cão.

O Meigo Passarinho e o Bruto Cão de Caça

A primeira coisa que ele fala após ser iluminado pelo fogo de fora é mandar aquela ameaçada doce (#Sarcasmo) que a mataria se gritasse. E então, ele faz a pergunta a Sansa: não estava curiosa para saber quem vencia? Quando ela pergunta, ele ri, afirmando que não sabia, apenas que ele perdeu de fato.

Sansa nota que ele está pra lá de bêbado, e ele dormia na cama dela. O que levanta a dúvida: o quê, cargas d’água, ele fazia ali?

E isso nos leva a uma cena:

— Que foi que perdeu?
— Tudo — a metade queimada de seu rosto era uma máscara de sangue seco. — Maldito anão. Devia tê-lo matado. Há anos.
— Dizem que está morto.
— Morto? Não. Que se dane. Não o quero morto — atirou o jarro vazio para o lado. — Quero-o queimado. Se os deuses forem bons, hão de queimá-lo, mas não vou estar aqui para ver. Vou embora.
— Embora? — ela tentou se libertar, mas a mão dele era de ferro.
— O passarinho repete tudo o que ouve. Embora, sim.
— Para onde vai?
— Para longe daqui. Para longe dos incêndios. Acho que sairei pelo Portão de Ferro. Para algum lugar, qualquer lugar, para o norte.
— Não sairá — Sansa o avisou. — A rainha fechou Maegor e os portões da cidade também estão fechados.
— Para mim, não. Tenho o manto branco. E tenho isto — deu pancadinhas no botão da espada. — O homem que tentar me parar é um homem morto. A menos que esteja ardendo — soltou um riso amargo.
— Por que veio até aqui?
— Prometeu-me uma canção, passarinho. Já se esqueceu? (01, p. 558)

Essa cena mostra um detalhe muito evidente do Cão, que já vimos na série, além de ter visto, também, no capítulo Tyrion XIII, o medo de Sandor com o fogo. Agora, tendo a conjuntura do seu passado onde teve a face esquerda desfigurada pelo irmão mais velho, a hipótese de pirofobia tem uma justificativa, além de sua índole violenta que extravasa para todos à sua volta.

Temos a confirmação de que ele tem, sim, pirofobia, além de ter uma mente punitivista extremamente cruel para quem ele realmente odeia: Sandor diz que ele quer queimar Tyrion, e conhecendo o homem e sua vontade extremamente violenta, a punição seria quase matar o Lannister. Se olharmos para a Mão do Rei (Interina), a desfiguração seria tão cruel ou até pior.

Ah, e um detalhe: ele quer fazer isso para não matar, mas fazer passar um inferno.

Claro, temos também a dinâmica da Bela e a Fera com os dois, mas, graças a deus, o romance está no mínimo longe disso (fica aqui a minha opinião pra você, fã que fica shippando Sandor e Sansa: procura terapia, pelo amor de deus. E pra ontem!).

Mas, diferente da obra, a Fera está visitando a Bela, procurando por um presente para a sua partida. O que vai nos levar, mais para a frente, à própria Sansa forjar a memória de seu beijo com Sandor (a falsa memória será tratada em seu devido tempo).

Diante de esta conjuntura, Sansa não consegue cantar, pedindo para ser largada, assustando-a. E o Cão simplesmente se irrita e grita com ela, para que o olhasse. A descrição dele é um tanto assustadora:

O sangue tapava o pior de suas cicatrizes, mas os olhos estavam brancos, dilatados e aterrorizadores. O canto queimado de sua boca torceu-se e voltou a se torcer. Sansa conseguia cheirá-lo; um fedor de suor, vinho amargo e vômito seco, e, por cima de tudo, o cheiro nauseabundo de sangue, sangue, sangue.

— Podia mantê-la a salvo — ele disse com sua voz áspera. — Todos têm medo de mim. Ninguém voltaria a lhe fazer mal, caso contrário, eu os mataria — puxou-a para mais perto, e por um momento ela pensou que pretendesse beijá-la. Era forte demais para resistir. Fechou os olhos, desejando que se apressasse, mas nada aconteceu. — Ainda não suporta olhar, não é? — ouviu-o dizer. Torceu seu braço com força, fazendo-a virar-se e atirando-a na cama. — Eu quero essa canção. Falou de Florian e Jonquil — tinha o punhal desembainhado, apontado à sua garganta. — Cante, passarinho. Cante por sua pequena vida. (01, p. 558)

Sansa tenta cantar a música de Florian e Jonquil, mas ela está tensa e muito amedrontada, não conseguindo cantar esta canção, mas sim um hino da Fé dos Sete (em honra à Mãe, em específico). Ela tentou cantar, mas se esqueceu dos outros versos.

E temos uma cena muito curiosa! Vejam:

Tinha se esquecido dos outros versos. Quando a voz se desvaneceu, temeu que ele pudesse matá-la, mas após um momento Cão de Caça tirou a lâmina de sua garganta, sem uma palavra.
Um instinto qualquer fez Sansa levantar a mão e pousá-la no rosto dele. O quarto estava escuro demais para que o visse, mas sentiu o sangue pegajoso e uma umidade que não era sangue. (01, p. 559)

A menina pode não ter notado, mas o Cão chorou! O que o levou a isso, imagino, tenha sido toda a acumulação de desgraças na vida dele. A infância traumática com o irmão, o medo de fogo, as batalhas e mortes causadas… a situação desgraçada que ele se encontrou até agora que, ao ouvir algo puro, de uma pessoa pura (aos olhos dele), ele se sentiu seguro o suficiente para que ele pudesse chorar para descarregar toda a tensão.

Sansa então sentiu o punhal desencostar do seu pescoço, o Cão chamá-la de passarinho uma última vez, e então fugir dali, rasgando provavelmente as cortinas e/ou ouvindo o rasgar do manto afixado na armadura.

Ela demorou para sair da cama, e quando o fez, o dia já raiava.

E junto do nascer do sol, o badalar de um sino.

A Anunciação da Vitória

Quando Sansa ouviu o badalar do sino junto da aurora, ela se lembrou do evento que fez os sinos de Porto Real repicarem: a morte de Robert. Agora, ela se perguntava o que houve para os sinos tocarem tão cedo e num ritmo bastante distinto do falecimento do monarca. Ao longe, ela também ouvia os gritos dos homens nas ruas.

Quem trouxe as notícias para ela foi Sor Dontos, aparecendo bêbado quarto adentro, pegando a menina nos braços e rodopiando. Sansa notou que ele estava tão bêbado quanto o Cão, mas a situação era mais feliz e dançante, não a tensão lúgubre e assustadora.

Ela então pegunta o que houve, e o ex-cavaleiro responde que acabou. Stannis morreu, ou fugiu, ninguém sabe. Tudo por conta dos estandartes. Temos uma verdadeira parede de texto do Dontos contando o que houve, inclusive da chegada de tropas Tyrell, junto do próprio Tywin em pessoa, sendo liderados pelo próprio Renly.

Por um instante, ela pensou que fosse o irmão mais velho.

Momento Ned Pomba

O momento de hoje é mais um complemento para a teoria do Cerco Secreto que a Cersei vai sofrer (Momento Ned Pomba, Sansa VI).

Vemos aqui, neste capítulo, que numa situação de combate como esta, quando a água bate na bunda, a rainha gosta de se manter segura e dane-se o mundo, que o nome dela não é Raimundo.

Em especial, quando um dos filhos está em perigo, ela faz de tudo para protegê-los (lembrando: ela é forte não por ser mãe, como na série; mas sim é uma mulher forte que é mãe também). O cerco de Stannis só apertou e ela se trancou nos aposentos, ilhando a Fortaleza de Maegor do mundo lá fora.

Sabemos, também, que a rainha gosta de ficar por cima da carne seca com todo mundo, sempre recorrendo a suas ferramentas para sempre ficar em vantagem. A única vez que vemos isso sair meio pela culatra é quando a Fé dos Sete de Porto Real, capitaneada pelo Alto Pardal, prende a rainha e ela aceita a humilhação da caminhada da vergonha.

Conseguem ver como este capítulo ajuda a reforçar a possibilidade de Cersei se trancar na fortaleza? Espero que sim, porque se isso se concretizar, o AltoValiriano será uma Mãe Diná de altíssima qualidade.

Momento Livro versus Série

Para facilitar a minha vida, eu vou separar o episódio em partes já que comparo com seis capítulos: igual, parecido, diferente e exclusivo. Tendo este contexto, vamos às partes:

Igual ao livro:

Assim, fidedignidade para o livro foi uma das coisas mais em falta na segunda temporada, então, do que acontece igualmente, temos apenas isso:

  • Joffrey pedindo que beije sua espada;
  • Sor Ilyn Payne no “Salão de Bailes da Rainha”;

A razão, para mim, se dá pelo que acredito ser o valor de produção da série: era ainda a segunda temporada, e GoT não tinha o valor e peso na grade de programação da HBO, especialmente porque o Casamento Vermelho só acontece na próxima temporada. Então, muita coisa que acontecia com cavalos, em grandes números, e outras coisas escalafobéticas, ficaram muito contidas, restringindo o quão fidedigno foram ao livro.

Parecido com o livro:

Com o contexto acima dado quanto à produção, o grosso dos capítulos foi adaptado para tentar se aproximar da história com o que eles tinham na carteira. Isso gerou muita coisa que está em Parecido e Diferente ao mesmo tempo, além de coisas muito únicas:

  • Sansa ir para o “Salão de Bailes da Rainha” (v. abaixo);
  • Toda a cena desconfortável de Sansa com Cersei;
  • Encontro do Cão com Sansa;
  • Tentativa de assassinato de Tyrion (v. abaixo);
  • A armadilha de fogovivo de Tyrion;
  • A surtida lidera por Tyrion;

Diferente do livro:

  • Total falta da corrente do Tyrion;
  • Grande Meistre Pycelle está conversando com Cersei e lhe dá um frasquinho;
  • Este frasco é um veneno que ela tenta dar a Tommem quando achou que a batalha estava perdida;
  • O “Salão de Bailes da Rainha” resumiu-se a uma despensa de comida nos fundos de um canto qualquer da Fortaleza Vermelha;
  • As “mulheres nobres” no “salão” (as figurantes parecem mais com serviçais ou damas de companhia que nobres, de fato);
  • A própria presença do Tommem junto da mãe;
  • Davos deixou de ter quatro filhos ali com ele, focando todos no Mathos;
  • Atentado à vida de Tyrion (não se dá na ponte de navios, mas sim na margem do rio);
  • Cão desertando (na série, ele taca o foda-se pra Joffrey e a Mão);

Exclusivo da série:

Boa parte do episódio, já que a série utiliza para a gravação um foco que seria o de um narrador observador em terceira pessoa. Ou seja, ele nos mostra tudo o que está vendo (câmera).

Assim, temos algumas coisas que acontecem:

  • Varys e Tyrion trocando uma ideia quando ele está vestindo a armadura com ajuda de Pod;
  • Shae como aia de Sansa (e seu consequente ciúme da menina);
  • Chegada de Stannis e seus homens na margem norte da Água Negra;
  • Bronn acendendo a armadilha de fogovivo;
  • Sansa segurando uma boneca dela, quando está em seu quarto;*
  • Loras e Tywin chegando na sala do trono;
  • Tywin dizendo “Vencemos”.

*Acho que isso foi uma tentativa da série de nos lembrar que Sansa ainda é uma menina que tinha recém-menstruado, fora que a própria Sophie Turner foi, das atrizes mirins, a que mais envelheceu da primeira pra segunda temporada (ela tem mais “cara da Sophie de hoje” que da menina da primeira temporada).

Momento Geografia

Estamos já a cinco capítulos falando do mesmo lugar. Então, já sabe: procura nas colunas anteriores que você acha o mapa de Porto Real.

Momento Valar Morghulis

Apesar de o Lancel cair meio morto, e mais uma boiada ter morrido, não tivemos confirmação de ninguém morrendo. Continuamos com 152 mortes.

Momentos Joffrey & Dracarys

Os meus momentos são necessariamente o mesmo: a cena do Cão e de Sansa no quarto da menina é uma cena horrível pela carga de tensão que faz o povo biruleibe das ideias romantizar os dois.

Em comparação, o que tem de bom na cena é toda a parte onde vemos mais da psicologia do Sandor, fora sua declaração ébria e honesta da situação toda.

Mas assim, gente, isso daí foi tirar leite de pedra pra achar algo maneiro ou minimamente bom, viu?

Imagem do mascote da coluna, Beterrabita. É o emoji do nerd de óculos e dentuço sorrindo, mas com a parte amarela pintada toscamente no paint num tom vermelho-beterraba e a armação do óculos pintada em tom verde-folha
Diga “oi” para a Beterrabita

Dúvidas, críticas ou sugestões? Então vai lá no grupo do Hodor Cavalo, procura pela #BeterrabaLeitora e faz lá o seu comentário. Dia 21/04 eu farei outra coluna aqui no medium, respondendo as suas questões (se tiverem).

Na próxima Beterraba Leitora (dia 28/04), teremos o capítulo Daenerys V, e o último capítulo dela no livro!

Hodor!

Referências

01 — MARTIN, George R. R. As Crônicas de Gelo e Fogo: A Fúria dos Reis. Tradutor Jorge Candeias. 13ª reimpressão. São Paulo: Editora Leya, 2011.

--

--