Beterraba Leitora: Sansa VI

A Fúria dos Reis

Victor
13 min readMar 14, 2023
Ilustração em tons de verde de uma cidade medieval vista de baixo, com casas e um castelo ao fundo. No centro, atravessando o arco de um portão, alguém que parece ser Tyrion Lannister anda com o auxílio de uma bengala
Capa de A Fúria dos Reis

Hodor!

Boa tarde, Beterrabas! Hoje na coluna veremos o capítulo Sansa VI, um capítulo cheio de vinhos e segredos.

A Batalha da Água Negra continua do lado de fora da Fortaleza Vermelha. Enquanto isso, a situação no Salão de Baile da Rainha fica cada vez mais tensa junto das notícias dadas a Cersei.

Conteúdo & Discussão

Mesmo não possuindo um papel direto na guerra, Sansa nos dá uma visão particularmente interessante de um combate. Nas obras audiovisuais de fantasia pós-Trilogia d’O Senhor dos Anéis, estamos condicionados a ver a população sitiada toda encolhida atrás das muralhas, num quarto seguro.

Então, num intuito puramente educativo (e/ou para destruir a sua imagem fantasiosa), trago alguns links para vídeos do canal Brasão de Armas sobre cercos de castelo.

O primeiro fala sobre táticas erradas em filmes e séries (aqui).

O segundo fala sobre como atacar um castelo num cerco (aqui).

O terceiro fala sobre como defender um castelo num cerco (aqui).

O quarto fala sobre como era a vida num castelo (aqui).

E o quinto fala sobre como eram as batalhas medievais (aqui).

A Batalha da Água Negra

Essa primeira parte nos conta muito (como esperamos), e não apenas das atualizações em terceira mão dos eventos da Batalha da Água Negra.

Além da ida e vinda de Sor Osney e sua atualizações do deus nos acuda da batalha, temos, também, a visão de Sansa acerca dos presentes no salão e, o mais importante, do humor da rainha.

Algo que vimos em Sansa V foi justamente o ar de cansado da Cersei, ainda mais com seu humor praticamente inexistindo. Aqui, recebendo só notícia boa (#Sarcasmo), ela foi piorando o seu já péssimo humor.

Sansa nos narra que mesmo tão bem iluminado pelas chamas e os reflexos, o salão tinha um ar sombrio, e muito desse ar vinha do próprio carrasco da coroa, imóvel, calado e sem nem mesmo dar uma beliscadinha na comida ou bebida.

A primeira vinda de Sor Osney foi para avisar da luta entre as frotas e a ida de Joffrey ao Alto Septão para receber sua bênção para a batalha. E a rainha bebeu uma taça de vinho (ver Momento Ned Pomba) de dourado da Árvore. Sansa, ainda, faz uma comparação do rosto de Cersei, sendo belo a cada taça de vinho, corando as maçãs do rosto e fazendo os olhos verdes brilharem como se fossem olhos de fogovivo.

O Rapaz Lua e Sor Dontos tentavam distrair os presentes, mas seus pensamentos estavam nas muralhas da capital.

Além da falta de atenção dada às cabriolas dos bobos, temos também a falta de apetite geral, ignorando o sabor do caldo de carne, e agora da salada de maçãs, nozes e passas. Até mesmo Lollys Stokeworth estava fora daquele salão: ela chorava, ignorando a comida, sendo posta para dormir com vinho dos sonhos pelo meistre a mando de Cersei.

Então, sem a garota ali, temos uma troca entre a rainha e Sansa:

— Lágrimas — Cersei disse a Sansa em tom de escárnio enquanto a mulher era levada do salão. — A senhora minha mãe costumava chamá-las de arma da mulher. A arma do homem é uma espada. E isso diz tudo o que temos de saber, não é verdade?
— Mas os homens têm de ser muito corajosos — Sansa retrucou. — Para sair a cavalo e enfrentar espadas e machados, com todos tentando matá-los…
— Jaime disse-me um dia que só se sentia realmente vivo em batalha e na cama — levantou a taça e bebeu um longo trago. Não tinha tocado na salada. — Preferiria enfrentar qualquer número de espadas a ficar aqui assim, impotente, fingindo desfrutar da companhia desse bando de galinhas assustadas.
— Convidou-os a vir, Vossa Graça.
— Há certas coisas que se esperam de uma rainha. Serão esperadas de você, se vier a se casar com Joffrey. É melhor que aprenda — a rainha estudou as esposas, filhas e mães que enchiam os bancos. — Em si mesmas, as galinhas não são nada, mas seus galos são importantes por um motivo ou por outro, e alguns poderão sobreviver a essa batalha. Portanto, compete-me dar às suas mulheres minha proteção. Se o miserável anão do meu irmão conseguir de algum modo vencer, elas voltarão aos seus maridos e pais cheias de histórias sobre como fui brava, como minha coragem as inspirou e melhorou seus ânimos, como não duvidei de nossa vitória nem sequer por um momento.
— E se o castelo cair?
— Gostaria que isso acontecesse, não é verdade? — Cersei não esperou uma negativa. — Se não for traída por meus próprios guardas, talvez consiga aguentar aqui durante algum tempo. Então poderei ir até as muralhas e oferecer, em pessoa, a rendição a Lorde Stannis. Isso vai nos poupar do pior. Mas se a Fortaleza de Maegor cair antes que Stannis consiga chegar à cidade… diria que, nesse caso, a maior parte de minhas convidadas deve se preparar para uma pitada de estupro. E não se deve excluir a mutilação, a tortura e o assassinato em tempos como este. (01, p. 545)

Essa revelação aterrorizou Sansa, que, até aquele momento, achava que seu alto nascimento seria uma armadura contra a truculência dos homens e suas guerras. Mas a rainha esfrega ainda mais a verdade: mesmo sendo nobres, valendo uma boa soma de resgate, após uma batalha os homens estarão ainda guiados pelo frenesi sanguinário, além dos altos consumos de álcool faça literalmente qualquer mulher nas ruas de Porto Real linda e atraente quanto Sansa é.

Isso surpreende a garota, tripudiada pela rainha. Sansa ouve que agora que é mulher, prometida a Joffrey, poderia seduzir qualquer outro homem nos portões se não fosse Stannis (novamente, ela diz que é mais fácil seduzir o cavalo do Baratheon que o próprio homem). Lágrimas não são as únicas armas de uma mulher: ela insinua bem abertamente que o sexo é a outra arma (e nós já temos prova disso quando lemos o Tyrion perguntar ao Lancel e o rapaz admitir).

Logo depois, Sansa é poupada da situação toda com a chegada dos Kettleblack. Temos uma rápida digressão dela sobre os irmãos, principalmente por fofocas da corte e das servas, alçando Sor Osmund Kettleblack como novo favorito delas. E como a menina Stark nos conta mais em pensamentos que em falas, ela se pergunta: se Osmund era assim tão melhor que o Cão de Caça, por que nunca ouvira falar dos irmãos até a nomeação de Osmund à Guarda Real? (01, p. 546).

Osmund conta mais uma atualização: a armadilha do fogovivo de Tyrion incendiou os cascos, ateando fogo em ambas as frotas. Joffrey estava no Portão da Lama (o portão do lado do rio) com a Mão e o Cão de Caça, dando conselhos de manuseio de besta.

A rainha notou que Osfryd trazia alguma coisa, e eram notícias de traição: um palafreneiro e duas criadas tentando escapar por uma porta falsa com três cavalos do rei. Cersei mandou Sor Ilyn para castigá-los, conversando com Sansa logo depois: se ela almejava ser a rainha de Joffrey, ela precisava governar ao lado do trono com mão de ferro. E Sansa concorda, discordando internamente, pensando que fariam amá-la.

Mais comida de lamber os beiços (empadões de pata de siri e então cordeiro assado com alho-poró e cenoura, servido em tabuleiro de casca de pão) foi servida.

Vinhos e Amargores

E a cena no lugar só piora: Lollys come rápido demais e vomita sobre si e a irmã; Lorde Gyles bebeu e teve um ataque de tosses, desmaiando. Isso tudo vez a rainha ter nojo da cena, especialmente com Lorde Gyles, sentindo-se arrependida de exigir a liberdade do homem.

Osfryd retornou, agora com outra notícia: povo juntando-se na praça (eram comerciantes ricos e similares). Cersei ordenou que voltassem às suas casas, caso não fossem, que os besteiros matassem alguns: nada de surtidas sobre o povo e assim abrir os portões.

Continuamos a troca de Cersei e Sansa, o que particularmente é riquíssimo para nós, leitores: ganhamos mais e mais noção de como é a Cersei por debaixo da máscara que ela mantém para todos, escondendo-a apenas para si e raramente dando-as para nós:

— Bem que eu gostaria de levar uma espada aos seus pescoços pessoalmente — a voz de Cersei começava a ficar mole. — Quando pequenos, Jaime e eu éramos tão parecidos que até nosso pai não nos conseguia distinguir. Às vezes, para fazer graça, vestíamos a roupa um do outro e passávamos um dia inteiro como o outro. Mas, mesmo assim, quando deram a Jaime a primeira espada, não havia nenhuma para mim. “O que eu ganho?”, lembro-me de ter perguntado. Éramos tão parecidos que nunca entendi por que nos tratavam de forma tão diferente. Jaime aprendeu a lutar com espadas, lanças e maças, enquanto eu fui ensinada a sorrir, cantar e agradar. Ele era herdeiro de Rochedo Casterly, enquanto eu estava destinada a ser vendida a um estranho qualquer como se fosse um cavalo, para ser montada sempre que meu novo dono quisesse, espancada sempre que ele desejasse, e, com o tempo, posta de lado em favor de uma potra mais nova. O destino de Jaime seria a glória e o poder, enquanto o meu era o parto e o sangue da lua.
— Mas foi rainha de todos os Sete Reinos — Sansa lhe disse.
— Quando se trata de espadas, uma rainha é só uma mulher, no fim das contas — a taça de vinho de Cersei estava vazia. Um pajem fez tenção de voltar a enchê-la, mas ela se virou e sacudiu a cabeça. — Mais não. Tenho de manter a cabeça limpa. (01, p. 546–547)

Eu não me canso de falar: Cersei é uma mulher machista, muito por conta da sua criação no mundo e sociedade de Westeros. Mas, também, por conta da sua frustração de mesmo sendo tratada como gêmea de Jaime, ela não conseguirá nada que ambos os irmãos terão.

Mais uma vez, Osfryd apareceu, logo depois da sobremesa (queijo de cabra e maçãs cozidas com canela). Agora, Stannis desembarcou nos terrenos dos torneios, o Portão da Lama está sob ataque e um aríete foi levado ao Portão do Rei. Tyrion liderou a surtida contra o aríete.

Cersei debocha da situação, perguntando sobre o filho, que confirmou-se estar nas Rameiras (as catapultas perto do Portão da Lama). A rainha indignou-se com a situação, ordenando a volta de Joffrey. Um docinho como ela é (#Sarcasmo), Cersei ameaçou Osfryd quando este falou que Tyrion mandou deixar Joffrey sob proteção nas Rameiras.

A Verdade

Um cantor apareceu logo após a saída de Lady Tanda e as filhas, tocando uma canção sobre Florian e Jonquil, fazendo a menina chorar.

Cersei ironiza as lágrimas de Sansa, dizendo que deveria treinar mais para convencer Stannis. Ela está tão de saco cheio com a situação que acusa Sansa de traição nas suas idas ao bosque sagrado. Sansa tentou argumentar que só ia ao local rezar (enquanto pensava ferozmente para não olhar para Dontos).

A rainha caga para resposta, acusando a menina de rezar por Stannis, ou Robb, ou ainda, pela derrota dos Lannister. E isso seria traição.

Sansa tentou convencer que de rezava por Joffrey, e a rainha pergunta de volta se o fazia pela gentileza com que a tratava. O que nos leva à conclusão que, por mais que a Cersei seja leniente com as ações do filho, ela tem ciência de tudo o que ele faz com Sansa, seja de quem quer que venha a notícia.

Ela então ordena que Sansa beba um vinho de ameixa, para ter coragem para lidar com a verdade. Ela lutou para esvaziar a taça, conseguindo finalmente saber a razão de Sor Ilyn no salão (diga-se de passagem, temos uma comparação de como o carrasco usa a Gelo em comparação a Ned: sempre suja e imunda de sangue, secando no aço, já oxidando o ferro do sangue):

— Ele diz que está aqui por nós — disse a rainha. — Stannis pode tomar a cidade e pode capturar o trono, mas eu não tolerarei que me julgue. Não pretendo que nos capture vivas.
Nos?
— Ouviu o que eu disse. Portanto, talvez seja melhor voltar a rezar, Sansa, e por outro resultado. Os Stark não obterão nenhuma alegria da queda da Casa Lannister, prometo — estendeu a mão e tocou o cabelo de Sansa, afastando-o delicadamente de seu pescoço. (01, p. 548)

Momento Ned Pomba

A teoria é interessante. Ela fala sobre a presença do vinho dourado da Árvore (região insular comandada pela casa Redwyne) e a sua constante presença em situações onde acontece um contexto de mentiras.

Temos, segundo o link do site Gelo e Fogo, toda a explicação da teoria.

Num resumo ultrarrápido, a teoria se dá pelo fato do vinho só aparece sendo mencionado em situações onde mentiras acontecem (descaradamente ou mais sutilmente).

Aqui no capítulo, a coisa é mais curiosa. Abaixo está a transcrição do que lemos sobre as mentiras contadas no capítulo, segundo o site:

No fim do capítulo, Cersei incentiva Sansa a provar em abundância um vinho doce de ameixa, e Sansa não consegue tomar a bebida de maneira graciosa, engasgando-se no processo. Irritada, Cersei revela, para total desespero de Sansa, que Sor Ilyn está de guarda para matar todas as mulheres presentes caso Stannis ganhe a batalha.

Neste caso, defende-se que Cersei aproveitou o dourado enquanto estava ali agindo como mártir, esperando pelo melhor, algo que ela mesmo confessa para Sansa. Conforme se embriaga, suas atitudes mudam, e ela torna-se cada vez mais violenta, algo que Sansa não compreende por completo. Desdenha de Sansa, diz que lágrimas não são a única arma de uma mulher, e que a melhor arma está entre suas pernas, algo que Sansa precisa aprender a usar. O jogo vira e Cersei parece parar de beber, já que a batalha aparentemente piora para o lado Lannister. Ao ouvir que Tyrion está lutando com seu machado na mão no Portão de Lama, Cersei imediatamente convoca Joffrey para a segurança.

E então outro vinho entra na cena, o de ameixa. É como se o vinho de mentiras cumprisse seu papel, mas conforme ele perde o efeito ou muda o sabor, Cersei resolve revelar a verdade. (Fonte: Vinhos de gelo e fogo: mentiras e o dourado da Árvore — Gelo & Fogo, Autora: Ana Carol Alves)

A outra teoria, esta mais maluca (ou não), é sobre o possível futuro da Cersei nos livros. Ela fala sobre a Fortaleza de Maegor e sua inexpugnabilidade, basicamente afirmando a nós que só cairia para Stannis se os guardas lá dentro traíssem a rainha.

Tá, mas o que isso tem a ver com o futuro da rainha?, você me pergunta.

Bem, para isso, precisaremos ir para outro título do Martin: Fogo e Sangue. Mais especificamente, no período regencial do reinado de Aegon III. Lá pela página 568 (02), lemos sobre a queda da Casa Rogare de Lys, de onde a esposa de Viserys II veio. Basicamente, a Casa Rogare ganhou poder quando o príncipe voltou a Westeros, mas acabou, depois de uns anos, sofrendo uma queda abrupta em Lys — o que resultou, por sua vez, na queda em Westeros.

Nesta época, a Mão do Rei era o lorde Thadeus Rowan, que foi deposta pelos amiguinhos deixados em Porto Real pelo seu antecessor, Unwyn Peake (só para deixar claro, este maldito é um arrombado de marca maior). O Senhor Comandante da Guarda Real era Marston Waters, um bastardo de Pedra do Dragão, e então se alçando ao cargo de Mão.

Eles tentaram usar os Rogare que estavam na Fortaleza Vermelha de bode expiatório para o caos no reino, mas Aegon e Viserys bateram pé, recuando até a Fortaleza de Maegor, onde uma figura curiosa chamada Sandoq, a Sombra (uma figura grande, alta, forte e silenciosa) guardava os príncipes Targaryen.

Os príncipes e a princesa consorte de Viserys, Larra, se trancaram em Maegor, usando Sandoq de guarda. E nisto temos o que estão chamando de Cerco Secreto.

Conseguiu ver aí um possível foreshadowing para o futuro de Cersei?

Em suma, a rainha está, nos livros, descendo em sua espiral de paranoia para com o irmão mais caçula. Sua sede por poder e controle, junto do desejo quase patológico de ser comparada ao pai, levaram-na a cometer os erros que fez a Fé ter de volta o seu braço armado, ela ser presa e consequentemente precisar fazer a caminhada da vergonha.

Acredita-se que Cersei terá uma segunda crise causada por uma perda (provavelmente Tommem e/ou Myrcella), o que fará dela o alvo dos regentes tentarem depô-la. Ela então se trancará na Fortaleza de Maegor, sendo amparada por Sor Robert Strong (o Montanha Zumbi, segundo alguns fãs), tal qual os irmãos Targaryen e seu guarda-costas, Sandoq.

A população de Porto Real se manterá ignorante da situação na totalidade, mas, diferente da situação de antes, Cersei não parece que sairá viva. E não porque ela é mulher. Mas sim devido à profecia da Meggy a Rã: ela será morta pelas mãos do valonqar (irmão mais novo, em alto valiriano, o que sozinho já dá pano para manga). E até agora, vimos que a profecia da maegi das Terras Ocidentais se concretizaram até certo ponto: 16 bastardos de cabelos negros para Robert (embora só conheçamos 5 ou 7: Mya Stone, Edric Storm, Gendry, Bella, Barra; Petyr Baelish fala de gêmeas de Robert concebidas em Rochedo Casterly, mas vindo dele pode ser balela…), 3 filhos de coroas douradas, como suas mortalhas. Joffrey bateu as botas, Myrcella talvez tenha morrido pelas politicagens dornesas, e Tommem… bem, mesmo que a irmã esteja viva, os dois não parecem ter futuros muito bons…

Aliás, agradeço ao AltoValiriano, do subreddit Valíria, por dividir a hipótese com os participantes da Talk do Povo Livre (todas as conversas feitas no subreddit são gravadas e podem ser ouvidas como podcast).

Momento Geografia

A Batalha só se moveu na linha do tempo do livro. Continuamos próximos de Porto Real e na também da Fortaleza Vermelha.

Momento Valar Morghulis

Apesar da paciência da Cersei ter morrido, não soubemos de mais mortes. Continuamos com 151 mortes.

Momento Joffrey

A Cersei esteve o puro suco da babaquice neste capítulo, ignorando até mesmo o efeito que a visão do filho recuando com o rabinho entre as pernas teria nas tropas — óbvio que não vou ignorar que é a mãe e não a rainha quem ordenou neste ponto. Mas vale lembrar que a própria Lannister já foi analisada (aqui na coluna, capítulo Tyrion X), onde é apontada a total falta de empatia dela para com outras mulheres. E estar ali, naquele salão só com mulheres e homens (ao olhar dela) inúteis só fez aumentar essa antipatia dela.

Momento Dracarys

Toda a ideia do Martin em fazer estes capítulos da Sansa narrando para nós o andamento da Batalha da Água Negra foi muito sagaz e só trouxe uma variedade no que já li em títulos de fantasia que enriqueceu e muito a leitura d’As Crônicas de Gelo e Fogo.

Imagem do mascote da coluna, Beterrabita. É o emoji do nerd de óculos e dentuço sorrindo, mas com a parte amarela pintada toscamente no paint num tom vermelho-beterraba e a armação do óculos pintada em tom verde-folha
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Dúvidas, críticas ou sugestões? Então vai lá no grupo do Hodor Cavalo, procura pela #BeterrabaLeitora e faz lá o seu comentário. Dia 17/03 eu farei outra coluna aqui no medium, respondendo as suas questões (se tiverem).

Na próxima Beterraba Leitora (dia 24/03), teremos o capítulo Tyrion XIV.

Hodor!

Referências

01 — MARTIN, George R. R. As Crônicas de Gelo e Fogo: A Fúria dos Reis. Tradutor Jorge Candeias. 13ª reimpressão. São Paulo: Editora Leya, 2011.

02 — MARTIN, George R. R. Fogo e Sangue. Tradutores Leonardo Alves e Regiane Winarski. 7ª reimpressão. Rio de Janeiro: Editora Suma, 2022.

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